Fantasio mesmo possuindo.
É tremenda a necessidade de ter.
O quê?
Ter.
Queres ter mais mesmo não sendo melhor.
O teu passo não vai valer dois.
A tua voz não irá ser duas.
Um par de mãos suficiente para o que pretendes tocar.
Excesso.
Não é preciso uma linha recta.
Não são precisas tantas curvas.
quarta-feira, 30 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Espelho Não Meu.
-Não sou eu ali.
-Não és?
-Não.
-Com quem falo eu?
-Comigo.
-Mas não és tu ali?
-Não.
-Sabes quem é?
-Não.
-Não?
-Não.
-Nunca estiveste aqui pois não?
-Nunca.
-Nunca te vi?
-Não.
À sua volta sempre esteve o vazio. Desde sempre.
-Não és?
-Não.
-Com quem falo eu?
-Comigo.
-Mas não és tu ali?
-Não.
-Sabes quem é?
-Não.
-Não?
-Não.
-Nunca estiveste aqui pois não?
-Nunca.
-Nunca te vi?
-Não.
À sua volta sempre esteve o vazio. Desde sempre.
domingo, 6 de maio de 2012
Passado
Difícil olhar para fôlegos antigos.
Mudanças. Em nós. Nos outros.
Havendo. Não havendo.
Difícil olhar para distâncias. Novas.
As mãos não são as mesmas.
Nem os olhos.
Nem a voz.
Difícil sentir imagens antigas.
Difícil relembrar.
Difícil contar.
O que podemos é secundário.
O que não podemos não sei.
Sei que as pegadas não são as mesmas.
Mas gostava de voltar a ver o teu chão.
Mudanças. Em nós. Nos outros.
Havendo. Não havendo.
Difícil olhar para distâncias. Novas.
As mãos não são as mesmas.
Nem os olhos.
Nem a voz.
Difícil sentir imagens antigas.
Difícil relembrar.
Difícil contar.
O que podemos é secundário.
O que não podemos não sei.
Sei que as pegadas não são as mesmas.
Mas gostava de voltar a ver o teu chão.
sexta-feira, 4 de maio de 2012
Sentidos 3
Parece que te perco.
Se visão não tenho deixa o teu cheiro chamar-me.
Quero-te mesmo ao longe e não preciso de ver.
Não vejo nada.
Não és rosas. Nem flores.
Não és doces.
Não és quente nem frio.
O teu cheiro és tu.
Eras tu.
Hoje não sinto o que sentia ontem.
Não sinto aroma nem odor.
Tiraste-me isso também.
Não me tires o tacto.
Se visão não tenho deixa o teu cheiro chamar-me.
Quero-te mesmo ao longe e não preciso de ver.
Não vejo nada.
Não és rosas. Nem flores.
Não és doces.
Não és quente nem frio.
O teu cheiro és tu.
Eras tu.
Hoje não sinto o que sentia ontem.
Não sinto aroma nem odor.
Tiraste-me isso também.
Não me tires o tacto.
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