E lá num fundo vai ele. Cansado e cabisbaixo assobia uma melodia inaudível. Guarda nos bolsos os acontecimentos. Os bons e os maus.
-Oh dia, vai devagar que amanhã és outro.
E será. Adormece com a escuridão assim como eu. E acorda com a luz assim como eu.
-Oh dia, vem que hoje és outro.
Vem sempre descontraído e sem planos. O que acontecer acontece. Ele quer lá saber. Vai pontapeando pedras que rolam e saltam sobre o asfalto. Vai gritando aos ouvidos de janelas que devagar destapam o cobertor da noite e abraçam o frio gélido da manhã. Nevoso. Chuvoso.
-Oh dia, amanhã és outro?
-Sou sim. Mas para ti não.
Este senhor escreve umas coisas (tenho de me actualizar por aqui!) *
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