terça-feira, 10 de maio de 2011

Vai Por Favor.

E se mandássemos o mundo à merda? Baixinho para nem ele nem ninguém ouvir. Mas mandavamo-lo à merda. Quando ele viesse. Como sempre com aquele aspecto desfeito. E pobre. E desfeito. Com crise. E se mandássemos o mundo à merda. Se gritássemos. Para nós e para todos ouvirem. Se lhe agarrássemos naquelas orelhas sujas de mundo e lhe gritássemos vai à merda. Ele iria? E se mandássemos o mundo a merda? Aquele mundo que vira sorrisos do avesso. Que lhes corta a etiqueta. E os substitui por não sorrisos. E se hoje mandássemos o mundo a merda? E se eu e tu juntássemos as mãos. E juntássemos as bocas. E mandássemos o mundo a merda. Quando ele nos agarra com força pelo colarinhos, e sacode o mínimo de bem-estar que temos. Aquele que tinhamos guardado no pote das asneiras para o mundo não descobrir. Mas o cabrão descobre-o sempre. E pisa-o. Esmaga-o. E acabou. E se mandássemos o mundo à merda? E se lhe escrevêssemos uma carta? 

-Querido mundo, vai á...

Se ele amanhã vier. Com aquele aspecto esfarrapado. Desolado. Se ele amanhã vier. Desmotivador. Sem esperança. Se ele amanhã vier...

E se mandássemos o mundo à merda?

1 comentário:

  1. Não sei responder às questões que pôs neste texto, mas ainda bem que as pôs.
    Não o conheço mesmo, Sir: as palavras que escreve não são as que diz quando vai ao Grémio.

    B.V.

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